icon gif chaticon gif chat
Nossa históriaFale com o conciergeTermo de uso

Nossa história

Frattina | Há oito décadas, começava a escrever-se uma história.

O charme do Centro de São Paulo em 1943. Uma explosão populacional, cultural, social e econômica impulsiona São Paulo rumo ao progresso. Em ritmo frenético, a velha e provinciana Piratininga é substituída por uma metrópole vibrante. Prédios imponentes e praças monumentais ganham a paisagem e passam a dividir espaço com novos viadutos, túneis e avenidas. Já são 1 milhão e 300 mil habitantes, que, com sua labuta, a cada dia, comprovam a vocação empreendedora dos bandeirantes – e de todas as outras gentes que encontraram na Terra da Garoa a sua casa.

 

No centro dessa engrenagem, pulsa a Praça da Sé. De lá, se irradiam e convergem todas as tendências de uma cidade em movimento. Do engraxate ao advogado, do jornaleiro ao jornalista, do sambista ao político, todos circulam pela praça símbolo da capital. Ponto de encontro e de negócios dos paulistanos, a democrática Sé tem cafés chiques para acolher damas e cavalheiros, restaurantes para os trabalhadores e botequins para os boêmios. É o coração de São Paulo. E também o marco zero de uma preciosa história de sucesso.

Fachada da loja

Rua Felipe de Oliveira, 19

Em uma estreita via adjacente à Praça da Sé, naquele ano de 1943, uma joalheria abre suas portas em um pequeno ponto comercial. Chamada Brasília de Joias, tem apenas dois metros de fachada – mas não demora a expandir sua clientela para muito além disso. São advogados, desembargadores, juízes e outros profissionais, atraídos para a loja não apenas pelos produtos em exposição, mas também pelos bons relacionamentos cultivados dentro e fora do estabelecimento comercial pelo dinâmico Nelson Waisman, jovem funcionário a quem o proprietário confiara a chave da joalheria. 


De fato, nem parecia que aquele era o primeiro emprego do rapaz, tal a postura enérgica e ativa desse catarinense nascido em 1920 em Florianópolis e que desembarcara com a família em São Paulo na década de 1930. Bom vendedor, falante e gentil, foi até convidado para ser locutor na Rádio São Paulo. Mas seu negócio era mesmo o comércio de joias. E não havia por que mexer em um time que estava ganhando – até porque, casado desde 1947 com a bela Zelda, tinha planos de, em breve, aumentar a família.

Interior da loja

Nos balcões de jacarandá da Brasília de Joias

Os itens mais procurados eram correntes, medalhas e anéis de profissão. Tinham boa saída também os relógios de parede e os cucos. Trabalhando com eles e com uma indispensável dose diária de dedicação, os Waisman conseguiram comprar o estabelecimento, nos anos 1950, bem como criar os filhos Olga, Guita e Jairo, que, desde pequenos, frequentavam a joalheria levados pela incansável mãe – em uma época em que as mulheres tinham um papel profissional limitado, dona Zelda, muito à frente de seu tempo, participava ativamente da vida profissional do marido, como vendedora, motorista e o que mais fosse necessário.


Foram quase 30 anos de bons negócios no Centro de São Paulo. Ainda que, entre o final da década de 1960 e começo de 1970, a região já não tivesse o mesmo charme de antigamente, a loja se beneficiava do enorme fluxo de profissionais que circulavam por ali. Contudo, em 1972, a situação mudou: a movimentação das pessoas na Praça da Sé foi substituída pelo vaivém de tratores, caminhões e guindastes das obras da construção de uma estação de metrô subterrânea sob o marco zero da cidade. A remodelação urbana exigiu a demolição de vários edifícios vizinhos e a interdição dos arredores, obrigando a Brasília de Joias a deixar a Rua Felipe de Oliveira. Não havia, porém, espaço para lamentações: era hora de dar início a um novo capítulo da história da joalheria.

Loja Rua Augusta

Na icônica Rua Augusta, surge a Frattina

Depois de mapear alguns pontos comerciais interessantes para o negócio, Nelson Waisman decidiu levar a Brasília de Joias para o Shopping Center Matarazzo, na Zona Oeste da cidade – local que hoje abriga o Bourbon Shopping. Na década de 1970, os shoppings ainda eram uma novidade na cidade; o Matarazzo, em particular, tinha como carro-chefe o Superbom, hipermercado que era uma atração à parte por seu gigantismo. Localizada em um ponto de esquina no centro comercial, próxima ao Superbom, a Brasília de Joias acabou conquistando um novo público, oferecendo joias populares para atender àquela demanda.


O êxito da loja no Shopping Matarazzo permitiu aos Waisman abraçar uma nova oportunidade, que acabaria, mais tarde, por definir os rumos dos negócios da família. Já há algum tempo o empresário manifestava o desejo de trabalhar com peças mais sofisticadas, por entender que havia um grande potencial nesse mercado. Foi quando, na primeira metade dos anos 1970, em sociedade com o genro, Francisco Lorichio, casado com Olga, Nelson adquiriu o ponto de uma joalheria na Rua Augusta, a Refinette.

Logotipo Brasília de Joias

Década de 40

 

Logotipo Frattina Joalheiros

Década de 70

 

Logotipo Frattina Est 1943

Década de 80

 

Logotipo Frattina Joalheiros

Década de 90

 

Logotipo Frattina 2010

Ano de 2010

 

Logotipo Frattina 2014

Ano de 2014

 

Logotipo Frattina Atual

Marca atual

 

O novo nome: Frattina

Era um passo significativo: naqueles tempos, a Augusta representava o sinônimo máximo de glamour na sociedade paulistana. Com um comércio de rua tão badalado quanto elegante, era o lugar para ver ou ser visto. Desfilar pela rua, a pé ou de carro, e comprar em suas butiques era a melhor forma de estar na moda. Na hora de escolher o nome do novo estabelecimento, os donos inspiraram-se em uma famosa rua de Roma, o que deu à joalheria um toque ainda mais refinado: Frattina.

O batismo, porém, era só o primeiro passo. Conquistar o mercado do luxo era uma tarefa que exigia esmero em todos os sentidos. A proposta da Frattina era atuar em duas frentes para oferecer produtos seletos a consumidores especiais: joias de alto padrão e relógios de primeira linha. Na primeira, o uso de brilhantes e pedras brasileiras caracterizou as peças dessa fase da joalheria; já na área de relógios, a equipe buscou o contato com as principais marcas à época, tornando-se concessionária de algumas das mais importantes, como a Rolex. A essas alturas, a segunda geração dos Waisman já começava a arregaçar as mangas nas lojas da família. Olga auxiliava o pai na Brasília de Joias, enquanto Jairo trabalhava com o cunhado Francisco, desempenhando papéis de responsabilidade na administração da Frattina da Rua Augusta.

Na virada da década de 1970 para 1980, Jairo encontrava-se em um dilema. Com seus 20 anos de idade, precisava escolher o que faria do futuro, dividido entre a joalheria – já ficara evidente que herdara o tino do pai – e os estudos na faculdade de Economia no Mackenzie. Ficou com a primeira opção, uma decisão que, algum tempo mais tarde, se provaria acertadíssima. Em 1983, ele resolveu apostar todas as suas fichas na loja, comprando as partes de Francisco e Nelson e se tornando o único proprietário do estabelecimento. Inaugurava-se naquele momento uma nova fase da empresa: tradição e modernidade se unindo para fazer da Frattina uma referência absoluta no mercado do luxo do Brasil.